Quando começámos a estruturar a AryaHub, fizemos uma pergunta simples: como é que montamos uma operação ágil e escalável?
A resposta obrigava a uma escolha: contratar pessoas para tarefas operacionais e administrativas, ou desenhar uma operação onde tudo o que não exige pensamento humano fosse entregue à tecnologia.
Escolhemos o segundo caminho.
Não queríamos pessoas a fazer copy-paste entre ferramentas. Queríamos pessoas com cabeça, visão, sentido crítico.
A escolha da IA era óbvia. Porque queríamos foco, não redundância.
E não, a IA não veio roubar empregos. Veio roubar tarefas. E ainda bem.
Usamos o Apollo para automatizar o outreach comercial e recrutamento, o Airtable para recolha e distribuição automática de dados sem copy-paste, e o Make para integrar plataformas e manter tudo sincronizado.
O Canva permite-nos criar apresentações visualmente apelativas sem termos um designer.
E o ChatGPT? É a nossa ferramenta para estruturar relatórios, processar grandes volumes de informação, desbloquear ideias em brainstormings, analisar dados rapidamente e até responder a alguns emails.
Estamos a mudar o foco. O valor do trabalho humano está a migrar para onde realmente interessa: pensamento crítico, criatividade, empatia, capacidade de adaptação, organização. É aí que se faz a diferença!
E não falo só de teoria. Falo do que vivo todos os dias.
Num dos nossos clientes, a equipa de recrutamento passava o tempo entre copiar dados, enviar CVs por email a hiring managers e atualizar ficheiros. O caminho foi a automatização: gravação de entrevistas com resumos IA, partilha de perfis, updates no ATS, feedback a candidatos.
Resultado? 40% menos tempo em tarefas manuais – e mais tempo onde a equipa realmente faz diferença: a atrair talento, a fechar processos, a falar com pessoas.
Tudo isto permite-nos escalar com muito menos peso operacional.
Resultado? Mais tempo para o que realmente importa: pensar estratégia, analisar dados com critério, estar próximos dos clientes e tomar decisões que fazem crescer o negócio.
E é aqui que entra a questão-chave: num cenário cada vez mais automatizado, como é que potenciamos o melhor das pessoas?
Porque é exatamente isso que a IA nos permite: libertar tempo para valorizar as competências que nunca deveriam ter sido deixadas de lado – pensamento estratégico, criatividade aplicada, empatia nas relações, comunicação clara, sentido crítico na tomada de decisão.
É aí que os humanos fazem falta. O futuro não é humano ou IA. É humano com IA.
Mas só com os humanos certos – os que sabem como acrescentar valor, agora que a máquina já faz o resto.
Rui Miranda,
Founder & CEO, AryaHub