A capacidade de adaptação tornou-se uma característica essencial que permite o desenvolvimento e progressão dos profissionais e suas carreiras ao mesmo tempo que fortalece a capacidade das organizações enfrentarem e ultrapassarem desafios. Central a esta capacidade de adaptação, a ideia de que abordagens dinâmicas e flexíveis no desenvolvimento de competências levam a profissionais multifuncionais e resilientes, serve de catalizador para o crescimento profissional e organizacional.
No contexto atual de rápidas e sucessivas mudanças, a rigidez nas abordagens de desenvolvimento de competências torna-se um obstáculo, abrindo lugar a modelos mais flexíveis e de adaptação constante. As organizações reconhecem esta nova realidade e começam a investir numa maior flexibilização do desenvolvimento dos seus colaboradores.
A flexibilidade no design de planos de formação é a espinha dorsal para preparar os profissionais para um ambiente de trabalho em constante mutação. Isso implica a criação de programas que não apenas abordem as competências essenciais, mas que também permitam ajustes dinâmicos à medida que novas habilidades se tornam prioritárias. Uma abordagem por módulos permite a rápida incorporação de atualizações e uma maior personalização, deste modo é possível garantir que os profissionais estão informados e atualizados de acordo com as competências requeridas pelo mercado.
A flexibilidade no desenvolvimento de competências também se manifesta nas metodologias de ensino adotadas.
A transição de modelos tradicionais para métodos mais interativos e orientados para a prática, como a aprendizagem baseada em projetos e simulações, permite que os profissionais adquiram competências de forma mais holística. Além disso, a integração de tecnologias emergentes promove a aprendizagem personalizada, ajustada às preferências e ritmos individuais.
Outro aspecto crucial é a promoção da colaboração interdisciplinar. Encorajar a interação entre diferentes setores e especialidades amplia a perspectiva dos profissionais e fomenta a inovação. A formação não deve ser isolada, mas sim uma experiência integrativa que simula os desafios multifacetados do mundo corporativo.
A adoção de uma abordagem flexível no desenvolvimento de competências traz diversas vantagens para as organizações e os seus colaboradores. Cabe a cada entidade saber avaliar a sua realidade e escolher o modelo que melhor se ajusta às suas necessidades, conseguindo desse modo retirar benefícios e aproveitar todo o potencial que a flexibilidade pode oferecer neste âmbito.
Vantagens para a Organização:
- Retenção de Talentos
Programas flexíveis e contínuos de formação fazem os profissionais sentirem-se valorizados e realizados;
- Produtividade e Inovação
Colaboradores com mais competências são mais produtivos e inovadores. A flexibilidade na formação permite que os colaboradores desenvolvam competências à medida das suas necessidades; - Redução de Custos
Menos deslocações e ausências, menos material impresso, gestão de formação mais agilizada;
- Adaptada aos novos modelos de trabalho
O processo de desenvolvimento de competências é flexível e ajusta-se à realidade da organização.
Vantagens para o Trabalhador:
- Valorização pessoal e profissional adaptada às necessidades individuais
Desenvolvimento ajustado às necessidades de cada trabalhador;
- Autonomia
O trabalhador tem um grau de liberdade para definir o seu percurso de desenvolvimento pessoal;
- Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
A acessibilidade da formação torna-a mais liberta de constrangimentos geográficos, de agenda ou outros, permitindo uma conciliação entre vida profissional e pessoal;
- Atualização Contínua
Possibilidade de permanente atualização das competências relativamente a novas tecnologias, processos, tendências e avanços na área de atuação;
Patrícia Bispo
Head of Learning and Development, GALILEU
Descarregue aqui a 19ª Edição da Revista Game Changer